terça-feira, 17 de abril de 2012

Precisamos novamente de 'Homens de Deus'


A igreja, neste momento, precisa de homens, o tipo certo de homens, homens ousados. Afirma-se que necessitamos de avivamento e de um novo movimento do Espírito; Deus, sabe que precisamos de ambas as coisas. Entretanto, Ele não haverá de avivar ratinhos. Não encherá coelhos com seu Espírito Santo.

A igreja suspira por homens que se consideram sacrificáveis na batalha da alma, homens que não podem ser amedrontados pelas ameaças de morte, porque já morreram para as seduções deste mundo. Tais homens estarão livres das compulsões que controlam os homens mais fracos. Não serão forçados a fazer as coisas pelo constrangimento das circunstâncias; sua única compulsão virá do íntimo e do alto.

Esse tipo de liberdade é necessária, se queremos ter novamente, em nossos púlpitos, pregadores cheios de poder, ao invés de mascotes. Esses homens livres servirão a Deus e à humanidade através de motivações elevadas demais, para serem compreendidas pelo grande número de religiosos que hoje entram e saem do santuário. Esse homens jamais tomarão decisões motivados pelo medo, não seguirão nenhum caminho impulsionados pelo desejo de agradar, não ministrarão por causa de condições financeiras, jamais realizarão qualquer ato religioso por simples costume; nem permitirão a si mesmos serem influenciados pelo amor à publicidade ou pelo desejo por boa reputação.

Muito do que a igreja faz em nossos dias, ela o faz porque tem medo de não fazê-lo. Associações de pastores atiram-se em projetos motivados apenas pelo temor de não se envolverem em tais projetos.

Sempre que o seu reconhecimento motivado pelo medo (do tipo que observa o que os outros dizem e fazem) os conduz a crer no que o mundo espera que eles façam, eles o farão na próxima segunda-feira pela manhã, com toda a espécie de zelo ostentoso e demonstração de piedade. A influência constrangedora da opinião pública é quem chama esses profetas, não a voz de Jeová.

A verdadeira igreja jamais sondou as expectativas públicas, antes de se atirar em suas iniciativas. Seus líderes ouviram da parte de Deus e avançaram totalmente independentes do apoio popular ou da falta deste apoio. Eles sabiam que era vontade de Deus e o fizeram, e o povo os seguiu (às vezes em triunfo, porém mais freqüentemente com insultos e perseguição pública); e a recompensa de tais líderes foi a satisfação de estarem certos em um mundo errado.

Outra característica do verdadeiro homem de Deus tem sido o amor. O homem livre, que aprendeu a ouvir a voz de Deus e ousou obedecê-la, sentiu o mesmo fardo moral que partiu os corações dos profetas do Antigo Testamento, esmagou a alma de nosso Senhor Jesus Cristo e arrancou abundantes lágrimas dos apóstolos.

O homem livre jamais foi um tirano religioso, nem procurou exercer senhorio sobre a herança pertencente a Deus. O medo e a falta de segurança pessoal têm levado os homens a esmagarem os seus semelhantes debaixo de seus pés. Esse tipo de homem tinha algum interesse a proteger, alguma posição a assegurar; portanto, exigiu submissão de seus seguidores como garantia de sua própria segurança. Mas o homem livre, jamais; ele nada tem a proteger, nenhuma ambição a perseguir, nenhum inimigo a temer. Por esse motivo, ele é alguém completamente descuidado a respeito de seu prestígio entre os homens. Se o seguirem, muito bem; caso não o sigam, ele nada perde que seja querido ao seu coração; mas, quer ele seja aceito, quer seja rejeitado, continuará amando seu povo com sincera devoção. E somente a morte pode silenciar sua terna intercessão por eles.

Sim, se o cristianismo evangélico tem de permanecer vivo, precisa novamente de homens, o tipo certo de homens. Deverá repudiar os fracotes que não ousam falar o que precisa ser externado; precisa buscar, em oração e muita humildade, o surgimento de homens feitos da mesma qualidade dos profetas e dos antigos mártires. Deus ouvirá os clamores de seu povo, assim como Ele ouviu os clamores de Israel no Egito. Haverá de enviar libertação, ao enviar libertadores. É assim que Ele age entre os homens.

E, quando vierem os libertadores... serão homens de Deus, homens de coragem. Terão Deus ao seu lado, porque serão cuidadosos em permanecer ao lado dEle; serão cooperadores com Cristo e instrumentos nas mãos do Espírito Santo...

Por: A.W. Tozer

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O Cristão não cede ao medo


Certamente que os cristãos que lêem a Bíblia são as últimas pessoas na terra a dar lugar à histeria. Eles são redimidos de seus pecados do passado, são mantidos em suas atuais circunstâncias pelo poder de um Deus onipotente, e o seu futuro está seguro nas mãos dele. Deus prometeu sustentá-los na inundação, protegê-los em meio ao fogo, alimentá-los no tempo de fome, protegê-los de seus inimigos, escondê-los em sua câmara segura até que toda ira Passe e por fim recebê-los nos tabernáculos eternos.

Se somos chamados a sofrer, podemos estar perfeitamente seguros de que seremos recompensados por toda dor e seremos abençoados por toda lágrima. Por baixo haverá os Braços Eternos e por dentro haverá uma profunda certeza de que tudo está bem com a nossa alma. Nada pode separar-nos do amor de Deus - nem a morte, nem a vida, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura.

A. W. Tozer

O Apetite Voraz do Pecado


 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar”. (I Pedro 5.8)

Os esquimós costumam matar os lobos de uma maneira engenhosa, apesar de eu considerá-la muito cruel. O esquimó espalha uma camada de sangue de um animal sobre a lâmina de uma faca bem afiada. Depois a congela e repete o processo até que a lâmina fique totalmente encoberta e imperceptível. Em seguida, ele finca a faca no chão com a lâmina virada pra cima.

O lobo sente o cheiro do sangue, segue o seu faro e descobre a isca. Ele começa a lamber o sangue congelado e impulsionado pelo seu apetite insaciável, lambe cada vez mais sofregamente. Em questão de minutos, ele comeu todas as camadas e a lâmina já desponta ameaçadora. No entanto, seu desejo de banquetear-se não permite que ele perceba o perigo, e a faca começa a cortar sua língua, depois a sua garganta, e o lobo começa a devorar seu próprio sangue. Seu apetite incontrolável o autodestrói. No dia seguinte, seu corpo sem vida é encontrado sobre a neve.

Este fato é uma excelente ilustração da forma como o pecado é autodestrutivo. Sansão é um dos personagens mais interessantes e ricos da Palavra de Deus. Sua vida encerra muitas lições, das quais quero enfatizar cinco que reputo de muita importância para a nossa vida espiritual:

Inclinação ao pecado – Todos nós somos mais vulneráveis em uma ou outra área, as quais precisamos reconhecer e controlar. Escolha um amigo intimo, de sua confiança, discreto e realmente interessado em sua vida com Deus, confesse abertamente a sua fraqueza e peça a ele que ore com você pedindo ao Senhor que lhe dê forças para vencer essas tentações.

Cuide dos seus olhos – Em geral, nós não podemos controlar o primeiro olhar, mais podemos retirá-lo daquilo que só vai nos causar problemas. Cuidado com o local, pessoa ou objeto no qual você detêm seu olhar!

Administre sabiamente seu tempo de lazer – Escolha suas atividades. Mesmo que seu divertimento seja apenas assistir um programa de TV, selecione com critério o que seus olhos verão, o que seus ouvidos escutarão.

Escolha suas amizades minuciosamente – Os amigos podem nos levar para mais perto de Deus ou nos afastar completamente dEle. Eles podem nos edificar ou nos destruir.

Seja fiel aos seus valores – Cumpra as promessas que fez a Deus. (Romanos 2.1-2)

É preciso ter muita força de vontade e, principalmente, dependência do Senhor para dominar qualquer tipo de inclinação pecaminosa. Mas vale a pena pagar o preço. O pecado pode nos destruir e, conosco, nossa família. Não permita que isso aconteça na sua vida.

Por Jaime Kemp 

Procura-se igreja saudável e liderança confiável

Em meio a tanta confusão nos arraiais evangélicos, muitos preferem servir a Cristo em seus próprios lares, engrossando assim a fileira da igreja que mais cresce no Brasil e no Mundo: a dos desigrejados. Seu desapontamento com a igreja instituída fez com que agissem como Elias, o profeta solitário que cansou-se de nadar contra maré de corrupção que abatera sobre Israel, planejando terminar seus dias confinado numa caverna. O que ele não sabia é que Deus havia preservado sete mil pares de joelhos que não haviam se dobrado a Baal.
Basta visitar alguns dos milhares de blogs que povoam a blogosfera cristã para certificar-se de que ainda há esperança. A blogosfera transformou-se numa enorme congregação virtual. Gente oriunda de todos os setores da igreja cristã tem a liberdade de expor seu descontentamento com o rumo que a igreja tem tomado.

Como pastor, preocupo-me com aqueles que simplesmente desistiram de congregar e se alimentam unicamente do que é postado em nossos blogs. Precisamos muito mais do que isso. Precisamos construir relacionamentos sólidos, submeter-nos a uma liderança madura e respaldada na Palavra, encaminhar nossos filhos a um ambiente saudável, sentir-nos pertencentes a uma família espiritual, e mesmo, contribuir financeiramente com projetos que visem a glória de Deus e o bem-comum.
Daí surgem algumas questões pertinentes:
Poderíamos congregar numa igreja que não fôssemos capazes de recomendar a outros? Sentir-nos-íamos constrangidos e desconfortáveis em trazer nossos amigos e parentes a um culto?
Que tipo de igreja proveria um ambiente seguro e saudável para os nossos filhos? Que igreja poderia ajudar-nos na formação do caráter deles sem intrometer-se em assuntos domésticos e particulares, e sem expor nossa autoridade como pais? Há igrejas onde o pastor se vê no direito de estabelecer regras nos lares de seus congregados. Filhos crescem sem saber se devem honrar a seus pais ou obedecer cegamente a seus líderes espirituais. Imagine um pastor que exija ser chamado de “pai”, ou ser tratado como tal. Ou ainda: o desconforto de um pai cuja autoridade é rivalizada pela autoridade pastoral.
A que tipo de liderança deveríamos nos submeter? Um pastor que não é respaldado por sua própria família (pais, irmãos, filhos, esposa, etc.), estaria apto a mentorear outras famílias? E quando todos percebem que entre ele e a esposa não há amor? Você se submeteria a um pastor cujo casamento não passasse de um embuste? Que tipo de tratamento ele dá aos filhos? A famíla pastoral deve ser referência. Não digo que deva ser perfeita, mas pelo menos saudável.
Seria sábio submeter-nos a uma liderança susceptível a todo tipo de modismo doutrinário? Hoje prega uma coisa, amanhã prega outra totalmente difirente? Seria correto submeter-nos a uma liderança emocionalmente desequilibrada? Como nossos pastores reagem ante a uma crise? Como reagem quando são elogiados? E quando são criticados? Costumam trazer problemas de casa para o púlpito, ou vice-versa? Gostam de apelar ao emocionalismo? Gostam de tornar as pessoas dependentes deles?
Seria sábio submeter-nos a uma liderança antiética? Quem suporta um pastor que só sabe falar mal dos que o antecederam? Você se submeteria a um pastor que sequer sabe ser grato a quem o instituiu? E mais: com quem ele anda? Quem são seus amigos? Quem freqüenta sua casa? Não me refiro a amizade com pessoas não cristãs, e sim a amizade com falsos cristãos, lobos infiltrados no meio do rebanho para causar-lhe dano.
Como acolhem as pessoas que chegam a igreja? Dão o mesmo tratamento independente da posição social? Desprezam os veteranos para dar maior atenção aos novatos? Como são tratados os anciãos? Lembre-se que um dia você será um.
E quanto às contribuições? Seria sábio contribuir numa igreja onde a liderança é pródiga? É correto o pastor fazer compromissos maiores do que os que a igreja possa arcar e depois escapelar os irmãos na hora das ofertas? Como as ofertas são pedidas? Há muita apelação, manipulação e pressão psicológica? E como elas são administradas? A quem o pastor presta contas? Há uma instância acima dele? O que entra na igreja é usado exclusivamente ali ou parte é destinada a trabalhos missionários? Há projetos sociais relevantes? Que resultado esses projetos têm alcançado?
É correto usar o dinheiro da igreja para pagar cachês a cantores e bandas convidadas?
E se o pastor eventualmente cometer um deslize grave, como adultério ou roubo, quem poderá admoestá-lo, ou mesmo puni-lo?
Como a igreja lida com questões políticas? É certo a liderança apontar em quem os membros devem votar? É correto levar candidatos para o púlpito e ceder-lhes a palavra? Há algum trabalho de conscientização para que as pessoas exerçam sua cidadania cabalmente, sem interferência?
Quais os critérios usados pelo pastor para ceder seu púlpito a outro pregador?
Olhe para as pessoas à sua volta, principalmente para as que chegaram antes de você e pergunte-se: Elas são hoje pessoas melhores do que eram anos atrás? As pessoas que congregam ali estão amadurecendo na fé? Lembre-se: elas podem ser você amanhã.
E quanto ao culto? Percebe-se a presença de Deus naquele lugar? Há reverência ou simplesmente oba-oba? As pessoas que freqüentam estão realmente interessadas na Palavra ou só aparecem quando há algum evento ou convidado especial?
Essas são apenas algumas questões que precisam ser consideradas. Se você tiver alguma outra questão igualmente relevante, por favor, poste em seu comentário.
O que não podemos é desistir da igreja de Cristo, seja reunida de maneira formal ou informal. Não basta criticar, urge encontrarmos saída para resgatá-la deste estado calamitoso em que chegou.
 
Por Hermes C. Fernandes

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Conhece-te a ti mesmo


Carl Jung (Psiquiatra Suiço, fundador da psicologia analítica.) disse que a coisa mais aterrorizante é aceitar-se completamente. Dentre os vários momentos da vida nos quais senti a força pulsante da necessidade do autoconhecimento, talvez um dos mais difíceis tenha acontecido em 1990, cursando pós-graduação de Educação em Clínica Pastoral (Clinical Pastoral Education). Durante 10 meses, trabalhando num Hospital Psiquiátrico, convivi semanalmente com diversos pacientes deprimidos, suicidas, drogados, traumatizados pela guerra do Vietnã, adultos e crianças, cristãos e não cristãos. Fazia parte do treinamento participar ativamente de grupos de terapia entre os profissionais e terapia individual com meu supervisor pastoral. Após alguns meses de intenso trabalho mental e esforço emocional, lembro-me ainda da profunda exaustão psicológica e da dor do inverno interior, quando chegou o verão de 1990. Um processo de auto revelação eclodiu para nunca mais terminar.

Sejam quais foram as nossas falhas, qualidades e fraquezas, a auto piedade e mera rebelião contra as deficiências não levará a lugar algum. Nas palavras de Harry Emerson Fosdick (Famoso pregador Batista americano nas décadas de 1920 e 1930 que opôs-se ao racismo e à injustiça social), “É preciso atrever-se a se aceitar como um feixe de possibilidades e realizar o jogo mais interessante no mundo, tirando o máximo proveito de si mesmo”.

Faça disso o seu objetivo: conhece a si mesmo, consciente que essa é a lição mais difícil do mundo. “Conhece-te a ti mesmo” é um aforismo grego, pilar da filosofia de Sócrates ao qual ele teria respondido: “Só sei que nada sei”. Nos tempos de Jesus, o provérbio era o seguinte: “Médico, cura-te a ti mesmo” (Lc. 4:23). Aqueles que se comprometem com a cura das almas, ao invés de viver apenas depositando esmolas na “bacia das almas” (comprando e vendendo barato), devem empenhar-se na auto-compreensão. Cura e autoconhecimento são parentes próximos. A vida interior do cristão está diretamente ligada ao seu exterior: à sua capacidade para viver, amar, aceitar, servir e curar. Você obstruirá o trabalho da graça de Deus se não entender bem a si mesmo. A palavra usada frequentemente para descrever o que estou dizendo aqui é “autoconhecimento ”. É um bom termo, combinando a preocupação cristã com o valor da pessoa e o desafio psicológico de enfrentamento do eu. Ele não inclui apenas a compreensão intelectual e o mapa da vida, mas também o reconhecimento das verdadeiras motivações, dos medos interiores, das expectativas, sonhos e das reações habituais. Autoconhecimento é uma sadia introspecção: a observação de si mesmo. É um processo mental e espiritual consciente que analisa a própria vida: pensamentos, sentimentos, desejos e sensações. Neste sentido, a introspecção é saudável e pode ser usada como sinônimo para a auto-reflexão. Autorreflexão exige equilíbrio emocional, capacidade para enfrentar o passado, presente e futuro, confessar as limitações e fraquezas. Somos antagônicos e incoerentes. Nas palavras da famosa cantora e atriz Barbra Streisand: “Eu sou simples, complexa, generosa, egoísta, pouco atraente, bonita, preguiçosa e motivada”. Precisamos, com frequência, de amigos, mentores e conselheiros para fazer isso com efetividade. Todos temos graus de miopia, pontos cegos e outros obscurecimentos visuais.

Fora ou longe do amor verdadeiro de Deus e de relações maduras (notem bem, maduras) com as pessoas, não poderemos e não conseguiremos verdadeiramente conhecer a nós mesmos. Não é surpresa que possamos diagnosticar vários temperamentos ou estados psicológicos que manifestem a maldade e distorçam as relações entre o eu, Deus e outros. Pelo conhecimento de nós mesmos, precisamos ser conduzidos a buscar Deus, cambaleantes e hesitantes, segurados pela sua própria mão. Você só poderá ser despertado para a necessidade de estar com Cristo à luz de sua própria condição de verme, de névoa passageira, de pecador miserável e débil conhecedor da pessoa de Deus.

Por: Rubens Muzio

Santificação: Um processo

A santificação começa imediatamente após a regeneração (presente de Deus de uma vida espiritual nova) e aumenta durante a vida toda.

Na regeneração os salvos são livres da culpa do pecado (Rm.6.18) e assim, precisam se considerar “mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”, pois o pecado não terá domínio sobre eles (Rm.6.11,14). Esse rompimento inicial do poder do pecado significa que os cristão já não são governados ou dominados pelo pecado e já não amam o pecado. Porém nunca estaremos livres do pecado nesta vida (I Jo.18,10; Ec.7.20; Lc.11.4)

Quando o cristão verdadeiro morre e parte para estar com o Senhor (II Co.5.8) a sua santificação está completa porque a sua alma está livre da presença do pecado e totalmente aperfeiçoada (AP.21.27). Ainda assim, em se tratando o homem completo – corpo e espírito – a sua santificação só será completa por ocasião da volta de Cristo, quando receberemos um corpo semelhante ao dele (Fp.3.21; I Jo 3.,2) que podemos chamar de santificação fina ou glorificação.

Como a santificação é um processo, nós somos transformados dia após dia, para sermos conforme a imagem de Cristo (II Co.3.18) e prosseguimos para o alvo (Fp.3.13,14).

Os cristãos nunca devem desistir da luta contra o pecado, pois devem se apegar as promessas de Deus, pois afinal são vitoriosos (Rm.6.14).

Santificação é, principalmente, obra de Deus (I Ts.5.23; Hb13.20,21). Deus capacita os seus filhos por meio do poder do Espírito, o qual age em nós para nos mudar e santificar, dando-nos maior santidade de vida (I Pe.1.2; II Ts.2.13). é o Espírito Santo que produz em nós o ‘fruto do espírito’ (Gl.5.22,23), aquelas virtudes de caráter que são parte de uma santidade cada vez maior. À medida que crescemos em santificação andamos e somos guiados ‘pelo Espírito’ (Gl.5.16,18; Rm.8.14), isto é, somos cada vez mais sensíveis aos desejos e estímulos do Espírito Santos em nossa vida e caráter. 


Por: Pr. Cláudio Antônio

O que penso sobre a briga de Valdemiro Santiago e Edir Macedo

"Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai. Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, como se estivesse presente, que o que tal ato praticou, Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo, Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus. Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que um pouco de fermento faz levedar toda a massa? Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós. Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade. Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo. Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? Não julgais vós os que estão dentro? Mas Deus julga os que estão de fora. Tirai, pois, dentre vós a esse iníquo." ( 1 Coríntios 5:1-13)

O apóstolo Paulo em sua primeira carta aos Corintios demonstrou surpresa em saber que um homem, membro da igreja de Corinto, estava tendo relações sexuais com a mulher de seu pai. Ao saber dessa aberração  comportamental, Paulo manifestou sua perplexidade em perceber que os irmãos não haviam tomado qualquer tipo de providência quanto a este grave ato de imoralidade.  Vale a pena ressaltar que o estado de estupefação do apóstolo, se deveu também ao fato de que nem mesmo os gentios cometiam este tipo de pecado.   Paulo também demonstrou sua indignação quanto a passividade da igreja orientando os irmãos de Corinto a disciplinar com firmeza o transgressor, entregando o seu corpo a Satanás, até porque,  para Paulo, era inconcebível a ideia de um cristão cometer tamanha aberração.

Ao final do texto supracitado, o apóstolo orientou a Igreja de Corinto a ser duro com aqueles que diziam cristãos, não desenvolvendo com estes nenhum tipo de relacionamento.

"Mas agora vos escrevi que não vos associeis com aquele que, dizendo-se irmão, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal nem ainda comais."  

Segundo o apóstolo um pouco de fermento leveda toda a massa. Na verdade, Paulo sabia  que uma igreja que relativiza o pecado caminha a largos passos em direção a apostasia, daí a necessidade de ser firme em seus posicionamentos. 

Matthew Henry costumava dizer  que os pecados hediondos de cristãos professos são rapidamente observados e propalados no exterior. Segundo ele, nós devemos andar prudentemente, pois muitos olhos estão sobre nós, e muitas bocas serão abertas contra nós se cairmos em qualquer prática escandalosa. 

À luz destas afirmações fico pensando o que o apóstolo Paulo faria  diante dos escândalos de nosso tempo.  

Pois é, Paulo diante do pecado de um homem  reprovou a igreja pelo fato que mesmo mediante significativo escândalo não choraram em fronte tamanha iniquidade. Na verdade, o apóstolo repreendeu a igreja por sua soberba. Ora, os corintos em virtude das manifestações variadas dos dons espirituais transformaram-se numa igreja arrogante e prepotente.  Mesmo diante de fato tão escabroso, nossos irmãos primitivos se achavam os donos do pedaço, relativizando o pecado e  celebrando suas virtudes.

Caro leitor, a igreja de corinto em muito me faz lembrar a igreja brasileira. Sem sombra de dúvidas, nosso Senhor pela sua multiforme graça nos tem abençoado. É nítido e notório que em todos os estados da federação, Deus tem derramado de sua maravilhosa graça, contudo, também é perceptível que em boa parte da igreja brasileira o pecado tem sido relativizado simplesmente pelo fato de estarem ensoberbecidos.

Pois é, em nome do amor, fazemos vistas grossas aos atos descabidos daqueles que se dizem cristãos. Na verdade, não são poucos aqueles que movidos por uma espiritualidade opaca, afirmam que não podemos julgar os irmãos, e quando fazemos isso pecamos contra o Senhor.  

Prezado amigo, não é isso que as Escrituras nos ensinam. A Bíblia nos orienta a sermos firmes contra o pecado, como também contra o pecador inconfesso.  Veja por exemplo a atitude de Paulo. No texto em questão o apóstolo é duro em orientar a igreja de Corinto a não se relacionar com aqueles que se dizendo irmãos eram devassos,  avarentos,  idólatras,  maldizentes, beberrões e roubadores. Com os tais, disse Paulo, nem ainda comais.

Isto, posto, fico a pensar sobre as práticas, testemunhos, doutrinas e comportamentos de pessoas que se dizem cristãos como Edir Macedo e Valdemiro Santiago. As acusações contra esses "irmãos" nos fazem ruborecer de vergonha.  Confesso que a cada denúncia, a cada escândalo, a cada briga publica, meu coração é tomado da mais profunda angústia.

O que temos visto na televisão, nas redes sociais  e em outros meios de comunicação são provas  mais que suficientes para entendermos que estes que se dizem irmãos não os são.  Diante disto, acredito que cabe a Igreja evangélica brasileira emitir um documento afirmando publicamente que Edir Macedo, Valdomiro Santiago, e suas igrejas, não são  evangélicos e o que protestantismo brasileiro repudia veementemente os escândalos proferidos por esses senhores.

Na minha perspectiva Valdomiro e Macedo não são nossos irmãos em Cristo.

É o que penso,

Pr. Renato Vargens

A maior doença da humanidade reside na falta de amor

Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nosso pecados (I Jo 4:10)

O tema principal deste estudo é a expiação de Cristo.  Expiação, neste caso,  pode ser definida como sendo “a obra que Cristo realizou em sua vida e morte para obter a nossa salvação”. [1] Uma das causas da expiação foi o maravilhoso e incondicional amor de Deus, que o levou a enviar ao mundo, habitado por pessoas indignas e rebeldes como nós, o seu único Filho, para morrer a nossa morte e sofrer a nossa pena: Vejam como é grande o amor do Pai por nós! (I Jo 3:1 NTLH).
A Bíblia deixa claro que, após sua queda, do estado original para o pecado, a tentativa do homem foi esconder-se de Deus, entre as árvores do jardim. Consciência culpada sempre produz medo e fuga. Deus, porém, o procurou, perguntando: Onde estás? (Gn 3:8-10). Nota-se que o ser humano, ao pecar, teve como uma das primeiras consequências o distanciamento de Deus, com as trágicas consequências espirituais, emocionais, conjugais, ecológicas, físicas e materiais (Gn 3:1-24). Deus então, anunciou a Adão a trágica e dolorosa sentença de morte: Você foi feito de terra e vai virar terra outra vez (Gn 3:19b NTLH). Isso significa que todos que pecam devem receber a devida punição pelo pecado. E a Bíblia afirma que o salário do pecado é a morte (Rm 6:23a).
 
Em vista da queda, o pecado tornou-se universal. Como resultado, a morte se espalhou por toda a raça humana; porque todos pecaram: O pecado entrou no mundo por meio de um só homem, e o seu pecado trouxe consigo a morte (Rm 5:12 NTLH). Diante disso, nenhuma condição o ser humano possuía, para alterar a sentença de morte proferida por Deus. Além disso, ele não tinha como pagar a dívida perante o Senhor, contraída por causa do pecado. A questão era: Como obter esse perdão da dívida? Se Deus perdoasse o pecado, sem nenhum castigo, a sua justiça seria colocada em dúvida. Deus não podia libertar o pecador até que as exigências da lei fossem cumpridas. Alguém teria de sofrer o castigo ou a sentença pelo pecado cometido pela humanidade.
 
Deus então, pouco a pouco, foi revelando que o perdão só seria possível pela morte de um substituto. Por essa razão ele estabeleceu, na Antiga Aliança, o sacrifício de animais para expiar tanto os pecados pessoais (Lv 6:2-7) quanto os coletivos (Lv 4:13-20). Todas as vezes que um animal desses era sacrificado, Deus estava enfatizando e ensinando aos israelitas uma verdade espiritual profunda: (...) sem derramamento de sangue não há remissão (Hb 9:22), isto é, não há perdão de pecados. Os sacrifícios da Antiga Aliança eram, porém, incapazes de atender plenamente à exigência divina de justiça e salvação para a humanidade, pois o sangue de touros e de bodes não pode, de modo nenhum, tirar os pecados de ninguém (Hb 10:4).
 
Por essa razão, a importância e a aplicabilidade dessas cerimônias e desses sacrifícios estavam limitadas ao tempo e ao espaço, pois haviam sido impostas até ao ponto oportuno de reforma (Hb 9:10). Elas eram transitórias e preparatórias para a Nova Aliança, cujo mediador seria o próprio Jesus, Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13:8; I Pe 1:20; Ef 1:3-4). Embora cercada de glória, a Antiga Aliança estava, portanto, destinada a desaparecer, quando a Nova chegasse, através de Cristo. Muitos israelitas, porém, não entendiam essa transitoriedade, porque, segundo o apóstolo Paulo, os seus sentidos foram embotados (II Co 3:14). Sobre isso Champlin faz o seguinte comentário:
 
Se porventura tivessem entendido corretamente essas coisas, naturalmente ter-se-iam voltado para Cristo (...). Nessa ignorância, pois, perderam o grande beneficio da salvação que há em Cristo, não podendo perceber que a glória da antiga aliança havia desaparecido de todo, e que existe um glória nova, maior e eterna, no novo pacto [2]
 
Então, quando chegou o tempo certo, Deus enviou seu Filho (Gl 4:4a) para sofrer e morrer em nosso lugar. A sua morte, portanto, foi vicária, isto é, a morte em lugar de outro: “quando pois se diz que os sofrimentos de Cristo foram vicários, o significado é que ele sofreu no lugar dos pecadores”. [3]  É óbvio que Cristo não morreu por seu próprio pecado, pois ele não cometeu nenhum pecado, e nunca disse uma só mentira (I Pe 2:22 NTLH). Vários e claros são os textos da Bíblia que mostram que Cristo morreu por causa dos pecados de outros. Caso queira checar [o que recomendo e incentivo] leia em sua Bíblia todos os textos a seguir: Isaías 53:5-6; I Corintios 15:3; II Corintios 5:21; Romanos 5:8; I Pedro 2:24, 3:18; João 10:11; Marcos 10:45.
A morte de Cristo era mesmo necessária? [4] Sim! Era necessária! Por quatro razões:
 
1 – Era necessário que Cristo morresse para pagar a pena de morte que merecemos por causa dos nossos pecados. Os efeitos do pecado não atingiram somente Adão e Eva, pois a Bíblia diz o seguinte: (...) é verdade que, por causa de um só homem e por meio do seu pecado, a morte começou a dominar a raça humana (Rm 5:17a NTLH). Por causa do pecado de Adão, viemos ao mundo com uma natureza inteiramente depravada e sob a condenação de Deus. Então, Jesus se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado. (Hb 9:26)
 
2 – Era necessário que Cristo morresse para nos livrar da ira de Deus, que sempre se revela para castigar aquele que se rebela contra a sua palavra de vontade. Em seu grande amor por nós, o próprio Deus ofereceu o substituto, Jesus, o seu único e amado Filho. Assim, na cruz, Jesus sofreu para absorver e desviar a profunda e furiosa ira de Deus, de nós para si mesmo: Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados (I Jo 4:10). A palavra propiciação no grego, é hilasmos, que tem o sentido de sacrifício que afasta ou aplaca a ira de Deus – e, dessa forma, torna Deus propicio ou favorável a nós.
 
3 – Era necessário que Cristo morresse para nos reconciliar com Deus, de quem estávamos separados e distanciados pelo pecado. Ao pecar, Adão voltou as costas para Deus. A comunhão e a amizade que havia entre ambos foi rompida e quebrada, por causa do pecado. Mas, a despeito disso, Deus mesmo tomou a iniciativa de amar os seres humanos, ao ponto extremo de enviar-lhes seu Filho, como a Bíblia declara: Mas deus nos mostrou o quanto nos ama: cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado (Rm 5:8 NTLH). A morte de Cristo satisfez as exigências de Deus, reconciliando-nos com ele: (...) nós éramos inimigos de Deus, mas ele nos tornou seus amigos por meio da morte do seu Filho (Rm 5:10a).
 
4 – Era necessário que Cristo morresse para nos redimir ou para nos resgatar da servidão e do cativeiro do pecado de Satanás. Jesus afirmou que a razão de sua vinda era dar a sua vida em resgate de muitos (Mt 20:28; Mc 10:45); “Resgate” é a tradução da palavra grega lutron, que, quando usada, fazia a pessoa pensar no dinheiro de compra usado para alforriar ou libertar um escravo. Nota-se que a morte de Cristo é mostrada como pagamento de um preço ou de um resgate em vários textos da Bíblia (Lc 21:28; Rm 3:24. 8:23; I Co 1:30; Ef 1:7, 14, 4:30; Cl 1:14; Hb 9:15, 11:35). De fato, Deus nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados (Cl 1:13-14).
 
Agora, deve-se frisar que Deus resolveu salvar os pecadores, não por necessidade, mas por misericórdia. Ele poderia, naturalmente, dispensar, aos seres humanos pecadores, o mesmo tratamento dispensado aos seres angelicais rebeldes: Pois Deus não deixou escapar os anjos que pecaram, mas os jogou no inferno - (tártaro = ταρταρωσας) - e os deixou presos com correntes na escuridão, esperando o Dia do Julgamento (II Pe 2:4 NTLH). Ele, sem dúvida, poderia ter escolhido não resgatar do pecado um ser humano sequer. Contudo a Bíblia Sagrada afirma que: a misericórdia de Deus é muito grande, e o seu amor por nós é tanto que, quando estávamos espiritualmente mortos por causa da nossa desobediência, ele nos trouxe para a vida que temos em união com Cristo. (Ef 2:4-5)
 
O amor, portanto, foi a razão de Deus ter enviado seu Filho, que, por sua vez, também nos amou e deu a sua vida por nós, como uma oferta de perfume agradável e como um sacrifício que agrada a Deus! (Ef 5:2b NTLH). Como afirma Hodge: [5] O Pai não estava obrigado a prover um substituto para os homens apostatados, nem o Filho obrigado a assumir tal oficio. Foi um ato de pura graça que Deus suspendesse a execução da pena da lei, e consentisse nos sofrimentos e morte vicários de seu filho unigênito. E foi um ato de amor sem paralelo que o Filho consentisse em assumir nossa natureza, levar nossos pecados e morrer, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus. Portanto, todos os benefícios que se creditam em favor dos pecadores como consequência da satisfação realizada por Cristo são para eles simples dádivas; bençãos às quais eles mesmos não tem direito algum. Requerem nossa gratidão e excluem toda a jactância.
 
Deve-se frisas, ainda, que, ao morrer por amor, Cristo pagou a pena dos pecados de todos e não apenas dos que seriam, por fim salvos – ele sabia de antemão quais seriam. Os benefícios da morte de Cristo se estendem a todos, homens e mulheres do mundo inteiro, como nos mostram os textos de Jo 1:29; 3:16; 6:51; II Co 5:19; I Jo 2:2; I Tm 2:6; Hb 2:9. Para receber esses benefícios espirituais, a pessoa precisa crer em Cristo. Nota-se, pelo ensino da Bíblia, que “existe uma ordem necessária na salvação do homem. Ele precisa primeiro crer que Cristo morreu por si, antes de poder se apropriar dos benefícios de Sua morte para si próprio” [6]. Assim, todos os que vierem a Cristo para serem salvos, serão salvos, pois o mesmo Cristo afirma: (...) o que vem a mim. de modo nenhum o lançarei fora (Jo 6:37b).
 
APLICANDO A PALAVRA DE DEUS EM NOSSA VIDA
 
Aquele que conhece o amor de Deus passa da morte para a vida: Jesus é a personificação do amor de Deus. Quem não conhece a Jesus vive nas trevas, na solidão, na pobreza espiritual, na incerteza, sem fé e sem esperança (Ef 2:12). Conhecer a Jesus é sentir-se amado, acolhido, perdoado, protegido e salvo. O próprio Jesus afirma: em verdade, em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida (Jo 5:24). Caro leitor, apaixonado pela Palavra de Deus, um dia, eu e você, provamos da mais extraordinária experiência divina, em nossa natureza humana: pasamos da morte para a vida. Cumpriu-se em nossa vida o que Paulo desejou aos irmãos de Éfeso: (...) e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios de toda a plenitude de Deus (Ef 3:19).
 
Aquele que experimenta o amor de Deus passa a amar incondicionalmente o seu próximo: O amor de Deus, em Cristo Jesus, não é restritivo ou exclusivo; ao contrário, é extensivo e inclusivo. No coração do Pai, há espaço suficiente e amor bastante parta todos. Para você que já experimentou desse amor incondicional e continua desfrutando de seus maravilhosos efeitos, há uma expectativa de Deus: ele quer que você ame incondicionalmente o seu próximo, pois, como disse Jesus: se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos céus (Mt 5:44-48). É deste amor que o mundo precisa: altruísta, sacrificial e isento de interesse pessoal (I Co 13:4-6). Esse amor foi capaz de mover o céu e a terra. E, assim como moveu o nosso coração, se utilizará de nós para mudar o coração daqueles que não conhecem a Deus. Amém!
 
Aquele que vive o amor de Deus desfruta de uma vida plena: Dentre os quase sete bilhões de habitantes do planeta, é elevado o numero de pessoas infelizes, frsutradas e insatisfeitas. As razões variam entre carência material, emocional e espiritual. A mais forte, caracterizada por uma sensação de vazio existencial, seguramente reside na área emocional, com a ausência ou deficiência de amor. Em Deus, essa necessidade fundamental da vida é plenamente atendida e satisfeita. Ela é contemplada no Salmo 23: O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Em sua onisciência, Deus se compromete a acudir e a suprir as carências afetivas daqueles que foram desprezados e abandonados pelo mundo, por instituições, pela família e até pela própria mãe (Is 49:15). Para você, que conheceu, experimenta e vive o amor de Deus, não há razões para queixar-se ou angustiar-se. Alegre sua alma; dê um brado de júbilo; afinal, você é filho do Altíssimo!
 
CONCLUSÃO
 
A maior doença da humanidade reside na falta de amor. Desesperadamente, as pessoas buscam a felicidade, sem se dar conta de que ela jamais será encontrada no dinheiro, na cultura ou nos prazeres que a vida oferece. A Bíblia nos ensina que a felicidade está diretamente associada ao recebimento e à prática do amor. O amor de Deus liberta, redime, engrandece, eleva, devolve a vida, a fé e a esperança; é provado através de um ato concreto de doação da vida de Jesus. O amor divino é o único antídoto altamente eficaz para curar a humanidade; é imerecido, inexplicável e incomensurável. Esse é o amor que nos alcançou, trazendo-nos salvação, saúde e felicidade, para a glória de Deus.
Amém!

Bibliografia:
1 – GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. pág. 471
2 – CHAMPLIN, Russel Norman. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. São Paulo: Milenium, 1979, vol. 4. pág 317
3 – HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo:Hagnos, 2001, pág. 838
4 - GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999. pág. 482-483
5 – HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo:Hagnos, 2001, pág. 835-836
6 – THIESEN, Henry Clarence. Palestras Introdutórias em Teologia Sistemática. São Paulo: Imprensa Batista regular do Brasil, 1987. pág. 237 
 
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