A superficialidade das
relações entre rapazes e moças neste início de século é indiscutível. A
durabilidade dos namoros ao contrário do que acontecia antigamente é
inexistente. Em nome da liberdade, adolescentes e jovens tem vivenciado nos
últimos anos relacionamentos afetivos cujo tempo de duração varia entre um
dia e três meses.
O comportamento em
questão se faz presente em todas as camadas da sociedade. Na verdade, os que
desenvolvem este tipo de conduta, manifestam explicitamente uma espécie de
fast-food emocional, onde namoros e casamentos são iniciados e terminados de
forma rápida. A conseqüência disto é a imediata proliferação de relacionamentos
promíscuos, onde ninguém pertence a ninguém, o que contribui significativamente
para o adoecimento de nossos jovens e adolescentes.
Dados do Ministério da
Saúde nos informam que cerca de 1 milhão de adolescentes ficaram grávidas em
1998, e que 1 em cada 3 meninas de 19 anos já é mãe ou está grávida de seu 1º
filho.
Há pouco estava
conversando com o coordenador de projetos sociais da minha igreja e ele me
disse numa comunidade próxima, o número de adolescentes grávidas com 13 anos de
idade é assustador.
Pois é, se não bastasse
essa tragédia em virtude das relações sexuais descompromissadas estima-se que
existem 333 milhões de novos casos de doenças sexualmente transmitidas (DST)
por ano. No mundo inteiro, a incidência das DST nas mulheres é de cinco vezes
mais do que no caso dos homens. Estatísticas também apontam que as doenças
sexualmente transmissíveis são mais freqüentes nos jovens com idades
compreendidas entre os 15 e os 25 anos. Exatamente 50% das infecções por HIV
ocorrem em pessoas deste grupo etário; muitas delas contraíram a doença antes
de terem vinte anos.
Tudo bem, talvez você
esteja dizendo consigo mesmo. Isso é fato, mas se eu tomar cuidado não tem
problema,não é verdade? Alias, qual o problema de eu ter o meu peguete?
Problema? Todos! Deixe-me
explicar porque:
Em um mundo egoísta e
cada vez mais hedonista como o nosso, tornou-se absolutamente comum
vislumbrarmos nas relações interpessoais a instrumentalização da vida, onde boa
parte das pessoas no desejo de terem os seus sonhos e devaneios realizados,
manipulam outras pessoas na vontade de experimentarem a tão sonhada satisfação
pessoal. Alias, essa tal busca pela satisfação pessoal, têm feito com que
muitos negociem princípios éticos e morais, no afã de concretizarem suas
sórdidas expectativas. Infelizmente, em nome do sonho, não são poucos aqueles
que têm tomado posse do famoso bordão popular: “fazemos qualquer negócio”. A
conseqüência direta disso é a coisificação do ser humano, onde pessoas
tornam-se objetos descartáveis, prontas a serem jogadas no lixo quando por
algum motivo não prestam mais.
Lamentavelmente numa
sociedade onde os valores se relativizaram, a conduta dos jovens cristãos em
quase nada tem se diferenciado do comportamento dos não cristãos. Na verdade,
ouso afirmar que existe um número impressionante de crentes que movido por
rompantes irresponsáveis, se enveredam em relacionamentos descompromissados.
Assusta-me o fato de que
inúmeras pessoas movidas por uma pseudoteologia descartam relações usando de
pressupostos humanistas, aos quais não existe o menor fundamento bíblico. Tais
pessoas advogam que a “química” é a razão essencial para que se esteja junto
com alguém. Para estes, o que importa é sentir prazer, além é claro de
satisfação pessoal.
Caro leitor, como já
havia escrito em outro artigo, não sou contra as relações de namoro que um
jovem possa desenvolver com uma moça. Antes pelo contrário, acredito que
relações afetivas entre um rapaz e sua namorada contribuem significativamente
para o desenvolvimento de uma auto-estima saudável. Sou contra sim a
banalização das relações, sou contra as “ficações” e "pegações",
contra os namoros fast-food, contra o sexo fora do casamento, os quais
contribuem para o adoecimento da alma de nossos adolescentes e jovens.
Salomão em sua grande
sabedoria afirmou: “Existe um tempo determinado para todas as coisas na vida”.
Sim, isso mesmo, na vida existe momentos pra tudo! Há tempo de plantar e tempo
de colher, há tempo para abraçar e deixar de abraçar, em outras palavras isso
significa dizer que existe um tempo determinado por Deus para desfrutarmos de
carinhos, afagos, abraços e beijos de alguém. Em contra-partida, isso significa
dizer também que existem momentos na vida, que somos chamados a um momento de
reclusão onde outros valores necessários a uma existência plenificada nos são
trabalhados. Diante disto tenho plena convicção que namoros rápidos onde o sexo
é focado é absolutamente prejuducial, proporcionando aos adolescentes e jovens
consequências das mais terríveis possíveis.
Pense Nisso!
Por Renato Vargens
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